A família do senhor ANTONIO COELHO DA SILVA, vive um momento indesejável a qualquer ser humano, acompanhem o relato da viúva.
Nessa segunda-feira (16), a esposa do seu Antonio tentou chamar o SAMU para que o mesmo fosse socorrido ao HDAM, pois ele apresentava vários problemas de saúde, tem o pé amputado devido contaminação por tétano quando ainda trabalhava e havia passado mal pela manhã.
Ele foi atendido no hospital e liberado para retornar a sua casa, porém segundo relatou sua esposa, ele foi pulando, sentindo fortes dores e mais tarde já a noite voltou a passar mal, daí então foi que aconteceu da mesma ser destratada por atendente do SAMU, “Netto eu chamei o SAMU essa noite que meu marido tava passando mal, ai eles falaram que ia mandar o socorrista pra vim avaliar, ai quando esperamos mais de meia hora e nada de vim, ai a menina falou assim porque eles ainda não vieram ainda? Ai eu tornei ligar novamente, eles me atenderam muito mal, disseram que eu pegasse um carro e fosse levar no hospital, eu falei se eu tivesse condições não tava ligado pra vocês, obrigações de vocês é socorrer, então a mulher me atendeu muito mal, ‘então a senhora procure seu jeito’, eu disse vou procurar meu jeito sim, vocês querem que eu vá na FM amanhã cedo, se vocês quiserem vai ser batata, ela disse ‘eu já mandei a senhora ligar pra uma ambulância particular pra poder vim pegar’, mas eu falei eu não tenho crédito, não tenho como fazer, ai desligou, momentos depois voltei a ligar quem atendeu foi um homem, ‘diga minha senhora o que é que ele tem?’, desde de cedo estou ligando tô explicando, vão deixar que morra aqui? Porque desde domingo a noite eu liguei, ninguém atendeu, na segunda umas onze e pouco eu liguei, quando foi meio dia eles vieram, ai levaram pro regional, chegando no regional botaram no soro, quando o médico foi ver já era seis horas da tarde, o Diogo tava junto ai veio, eu toda pensando que eles tinham internado ele, pelo menos pra dá uma atenção melhor, não, pensa que não o Diogo entra, eu perguntei, cadê o Antonio? Ele falou assim: ‘mãe o Dr. olhou pra ele disse que ele tava bom, oi Tonho e pronto mandou embora’, e ele veio se arrastando de lá do hospital até aqui com o pé amputado cheio de dor, que tava vomitando desde o domingo, e não tomaram nenhuma solução, ainda vieram com viatura dizendo que a gente tava ameaçando eles, quando o menino ia com o corpo passando lá na linha foi que vinham vindo, foi que passou um papel lá pra ele, uma confirmação de óbito, e depois mandou trazer pra casa, eu vou fazer o que com o presunto? Eles não tinham obrigação de fazer alguma coisa? Ai eu fui na casa de minha cunhada avisar a ela quando chego lá me avisaram, ‘vá pra casa que seu marido já tá morto’, mas eu disse ele já saiu morto, pediram pra senhora ir lá pra assinar um papel, quando chego em casa duas viaturas, me disseram ‘eles pediram proteção porque vocês disseram que vocês iam fazer e acontecer com eles’, eu falei que eles tinham obrigação de socorrer, ninguém é cachorro não Netto, na vida que a gente tamo, ninguém é bicho não, tá aqui jogado porque não tenho condições de enterrar, vai ficar aqui? Se eles tivessem dado atenção talvez não tivesse morrido não dava tempo de salvar, ah bebeu? Bebeu bem verdade bebeu no domingo, mas isso não vem ao caso, a obrigação do socorrista é socorrer, vai deixar morrer a míngua só porque é um coitado? Ninguém é bicho”, desabafou a esposa Maria Helena.
A esposa sem condições de comprar um caixão permanecia com o corpo estirado ao chão coberto por um lençol até a manhã desta terça-feira (17).
O Chefe de Gabinete André Miranda ao tomar conhecimento do caso esteve na residência da família, objetivando dar suporte funeral nesse momento de dor, porém foi informado que irmãos do seu Antonio já haviam providenciado o serviço, mesmo assim se colocou a disposição para ajudar no que for preciso.
A Ouvidoria do Hospital enviou nota, sobre o atendimento, como segue abaixo:
"Netto, o paciente chegou à unidade diabético, desorientado, agitado. Evoluiu para níveis de saturação, oxigenação baixa, níveis de pressão baixa e níveis de consciência rebaixado. O paciente foi entubado e colocado sob ventilação mecânica. Foi solicitada transferência via regulação, pois o mesmo necessitava de cuidados intensivos. Porém, a vaga não foi autorizada e o paciente foi a óbito aguardando transferência.
Mais uma vez reiteramos que o paciente recebeu todos os cuidados necessários por parte do Hospital Dom Antônio Monteiro e que nossos profissionais fizeram o possível dentro das nossas condições".
Da parte do SAMU ninguém se pronunciou oficialmente.
Maravilha Notícias