Bahia Notícias: Como as carreiras do Raça Negra e do Belo, que fazem show com você neste sábado (22) em Salvador, estão ligados a sua história musical?
Alexandre Pires: São dois grandes nomes do samba romântico, que influenciaram a maioria dos grupos que começaram a fazer pagode nos anos 90. Eu sempre ouvi muito samba nas casas das minhas tias, que foi o que me levou a escolher este como o estilo musical que eu queria fazer. Eu, e os meninos do grupo também, sempre admiramos o trabalho do Raça Negra. A sonoridade deles, a inclusão de novos instrumentos nos influenciou bastante.
BN: Como é voltar a tocar com o SPC depois de tanto tempo em carreira solo?
AP: É a realização de um sonho. Eu sempre quis voltar a fazer algum trabalho com o SPC, mas ainda não sabia o que seria e nem como seria. Em 2012 nos reunimos na gravação do meu DVD (Eletrosamba), e quando nos vimos juntos em palco, percebemos que era a hora dessa turnê acontecer.
BN: O público de Salvador sempre curtiu a música do Só Pra Contrariar. Qual é a expectativa para a recepção do público?
AP: Salvador é uma das cidades que nos recebe com mais carinho. Tocar aqui é sempre uma alegria, uma troca muito boa com o público. Agora estamos voltando com Raça Negra, para apresentar o Gigantes do Samba, e a expectativa é a de uma grande festa.
BN: Como é voltar à ativa com a banda depois de tanto sucesso há quase 20 anos atrás?
AP: Eu me sinto realizado. O SPC é a minha base, o começo de tudo. Foi onde eu aprendi a ser músico, a ser artista. Estou vivendo a realização de um sonho.
BN: Como vocês administram as apresentações no show?
AP: Os dois grupos tocam juntos no palco. Além de cada um cantar suas músicas, também cantamos músicas um do outro, e fazemos canções juntos.
BN: Tem alguma surpresa para o público soteropolitano?
AP: O Gigantes do Samba é um projeto muito especial. O público pode esperar uma seleção de grandes sucessos para esse show!
BN: Quem você acha que segue o legado deixado pelo SPC hoje em dia?
AP: Essa nova forma de fazer samba, com a inclusão de teclados, guitarras e uma nova sonoridade começou nos anos 90 e surgiu especialmente com o Raça Negra, depois o SPC, e assim vieram outros grupos naquela época. Hoje eu acredito que uma boa parte daqueles que fazem samba romântico, trazem um pouco disso também.
BN