A questão de seca no Nordeste brasileiro exige um debate que envolva todos os setores da sociedade brasileira: governantes, poder legislativo, judiciário e cidadãos. Todos, de alguma maneira, podem dar sua colaboração. Faz-se, necessário, um debate onde idéias sejam lançadas e propostas, concretas, sejam postas em prática.
1) Cabe ao executivo, fustigado pelo legislativo, pôr em prática medidas efetivas que favoreçam a convivência com a seca (acabar com esta é impossível): barragens, aguadas, poços artesianos, cisternas caseiras, açudes, conscientização dos agricultores para que aprendam a criar meios e ensumos que os favoreçam no momento da estiagem;
2)Cabe ao legislativo a elaboração de leis e políticas públicas que incentivem a convivência com a seca, bem como de leis mais severas no que diz respeito à presevação de matas, aguadas, solo, etc, de modo que quem não respeitar seja punido (o desmatamento em nossa região é alarmante);
3) o Poder judiciário deve fazer acontecer a lei e punir aqueles que cometem infrações;
4) cabe aos cidadãos, de modo geral, a consci~emcia de que precisam cuidar da natureza, respeitá-la, não depedá-la e colaborar com mesidas simples e práticas como o racionamento da água, o aproveitamento da água usada para outras coisas, o cuidado com o desperdício, o uso racional, etc.
Creio que todos podem colaborar. A Igreja Católica, ao longo dos anos tem alertado para a necessidade do cuidado para com a Natureza, o meio ambiente. A CPT, a Pastoral Social pode muito colabarar em tudo isso que falamos, desde que seja procurada e escutada.
No momento, esperamos que nossas autoridades municipais, estaduais e federais tomem uma posição que favoreça o bem comum, a vida do nosso povo... Cabe aos cidadãos o ato profético de reclmar, de exigir seus direitos... Não podemos ficar omissos. Quando nos calamos diante do mal, ele cresce, certamente, em proporções alarmantes...
Pe. A. Dionísio, IJS
Pároco de São José Esposo
Senhor do Bonfim/BA