REBELIÃO NO PRESÍDIO DE JUAZEIRO


Começou por volta das 04 da madrugada desta segunda-feira (19) na Ala B do Conjunto Penal de Juazeiro uma rebelião dos detentos sentenciados que reclamavam da superlotação.

O CPJ que foi construído com capacidade para 300 detentos masculinos e 48 mulheres, atualmente abriga 649 presos, a grande maioria homens. A rebelião liderada por Francisco Soares da Silva, conhecido por Fernandinho Beira-Rio, prossegue com ameaças a três detentos que estão enrolados em cobertores e sob a mira de chunchos (arma de fabricação artesanal).

Os amotinados reivindicam a presença de um juiz e de membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal. Os vereadores Alex Tanuri (PSDB), Valdeeci Alves (PV) e Benedito Marques (PSDB) já estão no Conjunto Penal aguardando a presença de um representante do judiciário para abrir as negociações.

O diretor do CPJ, Manoel Tadeu Serafim disse desconhecer informações sobre feridos ou mortos no interior do conjunto penal, mas admitiu que durante a manifestação dos detentos várias celas da ALA B foram destruídas na tentativa de chegar a ALA A.

Mais de 100 homens da Política Militar das diversas companhias e da CIPE Caatinga reforçaram a segurança no entorno do Conjunto Penal. Familiares dos detentos protestam em frente ao presídio, inclusive, contra a falta de informação sob o estado de saúde e quem são os ameaçados pelos amotinados.

Jessica Cristina Souza do Nascimento, esposa de detento e Danilo Wilson Pedro da Silva, pai de um dos presos, disseram ao blog passar inúmeras humilhações quando da visita aos domingos.

O diretor Manuel Tadeu justificou que a demora para visita se deve ao fato de que todas as pessoas que vão adentrar ao CPJ tem que passar por rigorosa revista para evitar o acesso de drogas e armas como em qualquer presídio brasileiro.

Geraldo José
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