Serrinha: Polícia de choque invade presídio e termina com rebelião


A rebelião no Conjunto Penal de Serrinha acabou no fim da tarde desta sexta-feira, 21, após a invasão do presídio e controle dos presos pelo Batalhão de Polícia de Choque. O balanço oficial da rebelião é de uma pessoa morta e três feridos.

Os feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal de Serrinha. O nome das vítimas não foram informados porque a perícia e o levanto cadavérico ainda não foram realizados.

Na penitenciária, que é de segurança máxima, havia 125 presos que estavam rebelados desde às 14h de quinta-feira, 20. Antes da invasão do Batalhão de Choque, uma pessoa já havia sido morta pelos presos por enforcamento. Outros dois presos estavam sendo mantidos reféns no primeiro andar Pavilhão C, com cordas feitas de lençóis amarradas no pescoço.

O pavilhão C ficou totalmente destruído. Com isso, os 121 detentos que permanecem na penitenciária serão divididos entre os batalhões A e B. Segundo o major Julio César Ferreira, será aberta uma sindicância pela superintendência do conjunto penal, paralela à investigação da Polícia Civil, para descobrir quem são, de fato, os líderes do movimento.

Inicialmente, Edvaldo Castro do Nascimento, conhecido como "Belo" e indicado como líder da rebelião, ficará em uma cela separada dos outros presos, a chamada "seguro", informou o diretor do Conjunto Penal de Serrinha, major César Bonfim.



A rebelião - O movimento dos detentos é chamado por eles de "Comando do Belo" em referência a Edvaldo Castro do Nascimento, apontado como líder da rebelião. Ele está preso há quatro anos no local cumprindo pena de 22 anos por latrocínio.

Um policial, que não quis se identificar, disse que Edvaldo Castro comanda o tráfico de drogas na região de dentro do presídio. Para isso, ele mantinha contato com a mulher Daiana Silva de Jesus por meio de um celular. Há informações que esse aparelho foi apreendido, o que levou Edvaldo a iniciar o motim. Daiana, que está do lado de fora do presídio, nega a acusação de tráfico de drogas.

Os rebelados pediam transferência para outras unidades, a permissão para entrada de alimentos enviados por familiares e que as visitas sejam feitas nos pavilhões do Complexo. Atualmente, acontecem numa área reservada para visitas, que conta com seis quartos para encontros íntimos.

O major César Bonfim disse que os presos destruíram as câmeras e fecharam os portões do complexo com colchões. Segundo ele, além de Edvaldo foram identificados outros oito internos que estariam comandando a rebelião. Caso a participação deles seja confirmada, eles vão responder por dano ao patrimônio, cárcere privado, tortura, além de homicídio e lesão corporal em caso de mortos e feridos.
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