Bloco infantil desfila por um futuro feliz


Crianças de três a oito aninhos se enturmaram pela primeira vez no Carnábonfim 2011 e desfilaram na tarde de domingo (dia 6), atrás dos blocos, seguindo desde a concentração na Praça Juracy Magalhães até a Praça Dr. Antonio Gonçalves, antes passando por trajetos e ruas centrais e semi-centrais. Além de organizadora, Leliana Santana, 32, é bonfinense que há nove anos reside em Salvador e gosta de carnaval por via de uma filosofia muito pessoal:

“Gosto da alegria do Carnaval, da espontaneidade que ele desperta. E gosto de estimular essa alegria nas pessoas, de maneira especial nas crianças. Elas precisam de um futuro feliz”.

Leliana disse estar conhecendo agora (pouco antes do desfile) muitas das cerca de 60 crianças e seus pais. Do bloco infantil não ter fantasia uniforme ela não dá importância e de como lhe surgiu a idéia do bloco ela conta: “Eu tenho uma filha de três anos e ao comprar fantasia de sobra pra ela , resolvi doar a outras crianças, filhos de amigas. Então comecei a procurar com outras mães mais fantasias e mais crianças e agora estamos aqui com essa garotada.

De onde são as crianças? “São todas de Senhor do Bonfim: do Derba, Barão de Cotegipe, Santos Dumont, Maristas, Laranjeira, Mercado, no Barro, Missão, Olaria... Foi onde eu fui buscar crianças para as fantasias que trouxe de Salvador e outras recolhidas aqui”. Enquanto ela respondia outros carros chegavam com mais crianças. Algumas logo correndo para os seus braços. “Dá um trabalhão, não é , Leliana?

“De jeito nenhum. Nós adultos devemos propiciar felicidade às crianças. Elas são os adultos do futuro, precisam aprender a se alegrar cedo, pra ficarem com a auto-estima elevada. Esse futuro nasce agora, no interior, de forma natural e não na tristeza que empurra para a violência”. É a sua receita? “Tenho de fazer a minha parte, o mundo precisa ser mais pacífico. Pode ser a minha receita porque sinto amargura em pensar em crianças tristes”. Qual a sua relação com Senhor do Bonfim? Eu sou da família Conceição Santana.

ASCOM
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