Sob o cerco presencial de figuras do mundo acadêmico, literário, artístico, midiático, da Filarmônica União dos Ferroviários Bonfinenses e monólogo teatral, o prefeito Paulo Machado lançou às 18 horas desta quinta-feira (27) no pátio interno do arqui-histórico prédio da Prefeitura Municipal, a coletânea de crônicas “Páginas Bonfinenses”. Trata-se do 11° livro do autor.
Semelhantemente à linguagem das 20 crônicas desta obra de 66 páginas, o breve discurso de Paulo Machado foi rico de informalidade, cheio de humor e de singulares expressões de sentimento. Às 21 horas, autografava o enésimo exemplar de “Páginas Bonfinenses”. O advogado Antonio Campos, engenheiro Pedro Deraldo, Frei Monteiro, Tito Rocha, Verbênia Tércia, Amenair e dezenas de concorrentes já estavam contemplados com a dedicatória. Quando lhe foi perguntado “O que é este livro?”, ele nem meditou: “É um filho. O mais novo. Por isso merece esse carinho todo especial, esse afago em relação a Páginas Bonfinenses, que na verdade vem completar toda uma experiência de espírito e reflexão em torno da vida da minha cidade querida de Senhor do Bonfim”.
O microfone se afastou do autor e ele continuou abraçado ao que já lhe é clássico, autografar produtos de sua elaboração intelectual. Desta feita ele selecionou crônicas “de raro valor histórico e elevada beleza literária” – como assinala o Prefácio de José Gonçalves do Nascimento, presidente da Academia de Ciências e Letras de Senhor do Bonfim. Porém, uma de suas rotinas é pesquisar, escrever, organizar, publicar – prosas, poesias, artigos, crônicas, ensaios, monografias, dissertações, teses. Estilos, gêneros e temas são interpenetrados pela abrangência de conhecimento do teólogo, filósofo, educador, eterno estudante e finalmente prefeito Paulo Batista Machado.
Significados – Lucas Emanuel Sousa Muricy, 15 anos, 1° ano do ensino médio: “Um incentivo, a internet desvia nós jovens de dos bons livros. Vim buscar o livro do mestre Paulo pra ler”. Eurídice de Carvalho Melo Pita, advogada, poetisa e membro da Academia de Artes e Letras de Senhor do Bonfim “São crônicas exprimidas de maneira ímpar por um mestre da produção literária”. Camila Maria Libório Machado, advogada, escritora e filha do autor. “As crônicas nos leva a refletir sobre o papel que temos a desempenhar no cotidiano; se bem observarmos, elas nos dão a responsabilidade de contribuir para a sociedade como um todo.
Conteúdo – Estivera algum dia o temido Obama Bin Laden escondido em Senhor do Bonfim trazendo pânico à orgulhosa cidade? Achara ele que as minitorres gêmeas do nosso monumento na entrada principal da cidade seria ousada miniatura do World Trade Center “avionado” em Lower Manhattan, Nova Iorque? Ou queria destruir a relíquia cultural e até “o sabor de coisas idas e perdidas” do Beco do Bazar? Aprontaria então algo contra a terra que deu à Pro Zenaura aquele “olhar doce, suave e carinhoso”? E a visão do autor sobre a Copa do Mundo de 1970? (O que pensa dela agora o flamenguista? Não, isso não está nas crônicas). As crônicas nos levam a lugares, figuras, fatos e sensações verdadeiramente recuperadoras da história da terrinha. Viajam para aléns não ficcionais. Tiram o pé prá fora das serras circundantes da terrinha. Páginas assim, de acordo com Andreilton Barbosa, “preenchem lacunas na consciência histórica” do bonfinense. Se não for assim, o autor se dispõe a esclarecer mano-a-mano. É o que está escrito na segunda orelha do volume.