Laticínio tem martelo batido: empreendimento será sediado em Bonfim


O fórum colegiado do Território do Piemonte Norte do Itapicuru decidiu que a Unidade Industrial de laticínios, matriz do projeto que envolve nove municípios da região, será no entorno da cidade de Senhor do Bonfim, e a gestão do empreendimento caberia à Copleq de Quicé.

O projeto, orçado em R$ 1,3 milhão, foi provocado pelo prefeito de Senhor do Bonfim, Paulo Machado, que solicitou do secretário de Desenvolvimento e Integração Regional, Edmon Lucas, a elaboração do estudo técnico para nosso território, semelhante ao que está sendo implantado em Coaraci.

Insatisfação – A Cooperativa do Leite de Quicé, que tem vasta experiência de gestão e tecnologia no tocante ao leite, considera que o projeto deveria ser implantado a partir de Quicé. Diante da contestação, o prefeito Paulo Machado tem provocado reuniões dos produtores de leite, da Copleq e do Território quanto à decisão tomada.

Embora o colegiado do Piemonte Norte do Itapicuru tenha demonstrado, em seus depoimentos através da internet e em falas de alguns de seus membros, as razões de política territorial que fundamentam a opção por Bonfim, na reunião realizada ontem (dia 11) no Centro Cultural Ceciliano de Carvalho surgiu a proposta de nova reunião com os representantes (36) dos nove municípios do Território, apontada para a próxima segunda-feira, 17 de maio, no Centro Cultural. A proposta foi acatada. Porém, delegados presentes chegaram a advertir que não mudariam de opinião. O delegado de Pindobaçu foi um dos questionaram a nova reunião. Disse que estava no fórum para implantar projetos de porte que requerem o financiamento do Estado e da União para alavancar o desenvolvimento da apicultura, de hospitais, escolas e estradas em nove municípios, no Território, e não para depender de estruturas locais. “Nossa decisão foi unânime e não devemos voltar atrás”, disse.

Diálogo – Em momentos iniciais a controvérsias se estabeleceu. No final, o ex-deputado Paulo Braga, presente nesta reunião, admitia que a experiência da Copleq seria útil à gestão do empreendimento concebido pelo Território, que na sua opinião é de fato um instrumento bom para a região.

O prefeito Paulo Machado defendeu que o Território deveria ter aberto uma discussão e uma escuta mais ampla antes de tomar a decisão constante em ata. Reconheceu que o aproveitamento da experiência e estrutura do Quicé daria celeridade e mais firmeza ao projeto que interessa a nove municípios da nossa região, mas manifestou que a política de território precisa ser legitimada. Os acontecimentos indicam necessidade de diálogo e conciliarão de interesses. Como foi dito, Copleq, Quicé, Bonfim e os nove municípios, todos são Território. O território inicia políticas de dimensão regional e não pode claudicar. Em outra dimensão, a Copleq tem acumulação que não deve ser desprezada.
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